Samsung não atinge millenials

Dois meses depois dos primeiros relatos de explosão, a Samsung será obrigada a fazer um novo recall do modelo Galaxy Note 7. O caso se tornou alarde global, já que, após recolher pela primeira vez, a empresa não conseguiu justificar as causas das explosões. Porém, no início de outubro 26 usuários americanos foram às redes avisar sobre as consequências de ter o aparelho. A situação chegou a tal ponto, que virou crime nos Estados Unidos andar com o modelo, tanto nas ruas quanto nos aeroportos.

“Cheguei a ver as notícias e fiquei indignada com essa situação. Não sabia que isso poderia acontecer”, comenta Thais Vaz, aluna da ESPM. Os motivos que acarretam as explosões ainda são desconhecidos, porém especialistas apontam a falta de espaço como principal protagonista do erro de fabricação. Segundo o Bloomberg, as baterias são maiores que o espaço construído pela Samsung SDI, o que acarretou em pequenos curtos e superaquecimento do sistema como um todo. Outra hipótese levantada pelo Financial Times é a velocidade de recarga do Galaxy Note 7.

Mesmo sendo um caso de extremo interesse público, os brasileiros parecem não dar tanta importância para isso. Já que o mesmo não chegou a ser vendido no País, justamente por conta dos relatos divulgados nos Estados Unidos. Prova disso é a falta de informação que os entrevistados para essa matéria tinham sobre os casos. Tanto para Thais, quanto para Marinna Santos, também da ESPM, as chamadas das matérias foram o único conteúdo absorvido por elas. Já para José Constantino, que cursa publicidade e propaganda, o prejuízo da Samsung chamou mais a sua atenção. “A marca precisa recolher todos os aparelhos, pagar indenização e arcar com tantos outros custos”, diz o jovem.  

Consequências

Ao todo foram 92 relatos de superaquecimento desde o começo da comercialização do Galaxy Note 7, nos Estados Unidos, que geraram dois recalls em menos de três meses. A má recepção do público com o produto afetou os mais de 70 fornecedores da sul-coreana, custando em perdas operativas aproximadamente US$ 5,83 bilhões.

Toda essa operação afetou não só na receita de produção do modelo, mas também na imagem da marca no mercado. Após o anúncio do segundo recall, a empresa teve a pior queda na bolsa da última década. Em um único dia as ações caíram 7%. Sem contar a interrupção das vendas em dez países, incluindo o Brasil.

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